Nasceu em Lagoa, Algarve, em 1925. Viveu em Lisboa, em casa de seu pai, desde 1932 a 1944 e voltou para o Algarve, aos 19 anos, de onde parte, rumo a Marrocos, onde permanece durante apenas um ano. Nos anos 50 convive com os artistas Artur Bual, Francisco Relógio e Rui Filipe, entre outros.Mantém, na altura, convivência estreita com poetas e escritores seus contemporâneos, como Manuel de Castro, J. Pressler, Herberto Helder. David Mourão-Ferreira e Natália Correia, lado a lado com Virgílio Ferreira e Sttau Monteiro, Aquilino e Tomaz de Figueiredo. Em princípio de carreira, foi subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian nos seus estudos e aprendizado e, em 1960, visita Paris, onde vive temporariamente em casa do pintor D’Assumpção. Em 1964 instala-se definitivamente em Hamburgo, Alemanha, até 1987, data em que regressa a Portugal, para viver em Lagoa, a sua terra natal.
Expôs, a título individual, em países como a Alemanha, por diversas vezes, bem como em vários locais de Portugal incluindo a Galeria de São Bento.
Foi membro da Federação Internacional de Artistas com sede em Bruxelas. Foi homenageado pela Câmara Municipal de Lagoa, tendo sido atribuída em 1993 a Medalha de Mérito Municipal de Lagoa e dado o seu nome à sala de Exposição do Convento de São José. Ganhou o prémio de Artes e Letras de personalidades do Algarve.
No ano de 2017, por ocasião do seu 92º aniversário, a Arandis Editora publicou a obra biográfica «A Jornada de Mestre Gamboa», de Maria Helena Carmo.
Manuel Gamboa era uma referência no mundo das artes, tendo obras suas em várias coleções de pintura públicas e privadas de grande nível, em todos os continentes. A sua obra gráfica é particularmente apreciável, quer no desenho, quer na gravura (linóleo, serigrafia), na monotipia e no batik (pintando sobre tecidos, em modelos originais de vestuário).
Faleceu a 13 de Fevereiro de 2020, em Portimão.