UMA NATUREZA INTELIGENTE E SENSÍVEL O trabalho de Miguel Chevalier (que nasceu em 1959 no México e vive e trabalha em Paris) estrela da recente Bienal da Marinha Grande deve compreender-se na proximidade da Bio Arte pela primeira vez dada a conhecer em Portugal pela Galeria António Prates. Os artistas deste movimento da vanguarda contemporânea têm em comum a defesa e a prática da relação arte/ciência apoiada em complexas teorias que pretendem juntar o conhecimento inerente à via mais intuitiva e emotiva da arte aos dados da ciência e particularmente da biologia apoiando-se numa reflexão sobre as novas formas de inteligência artificial que os computadores representam e sua interactividade. Na actual serigrafia luxuosamente colorida emergem esquemas orgânicos de uma natureza que embora artificial parece tão inteligente como sensível.