Helena Abreu
Ago. 6, 2024

Helena Abreu

O CPS felicita a pintora pelo seu centenário

Feminista convicta e artista inconformada, Helena Abreu nasceu em Seia, em 1924. Estudou na Escola de Belas Artes do Porto quando ainda não era comum, nem visto como adequado, ver mulheres nas áreas artísticas. Valeu-lhe a tenacidade e uma família progressista que impulsionou o seu talento.

 

No ano de 1968 realizou a sua primeira exposição individual, no Ateneu Comercial e, a partir daí, a sua produção artística intensificou-se, com especial foco na figura da mulher e no seu contexto quotidiano, revestido de delicadeza e tom poético.

 

Recebeu menções honrosas no "Salon des Artistes Français" e em 1980 foi admitida como sócia da "Société des Artistes Français".

 

 

S/ Título, Serigrafia, 200 exemplares 

S/ Título, Serigrafia, 200 exemplares 

 

 

 

Em 2001, Helena Abreu é convidada pelo CPS a criar a primeira litografia do seu acervo, resgatando uma prática a cair em desuso no nosso país.

A obra granjeou elogios e gozou de grande aceitação, inspirando novos artistas a aderirem às técnicas tradicionais de impressão de obra gráfica.

 


S/ Título, Litografia, 150 exemplares

1ª Litografia do CPS

 

 

 

Professora de desenho durante a sua vida ativa, impulsionou centenas de alunos a trabalhem as suas aptidões artísticas e a explorarem a sua criatividade. Muitos a homenagearam por estes dias.

Ainda enquanto lecionava, foi autora de quatro livros didáticos para 2.º e 3.º ciclo dos liceus tendo sido coautora com seu marido, Arq. Francisco Pessegueiro de Miranda, do “Compêndio de Desenho”, livro único para a disciplina de Desenho, durante 15 anos.

 

Depois da reforma dedica-se inteiramente à arte: pintura – óleos e aguarelas, desenho e cerâmica, realizando também diversos trabalhos de ilustração, nomeadamente de livros infantis.

 

Com um grande rigor sobre o que criava, deixa, inesperadamente, de pintar aos 85 anos, por já não conseguir obter os resultados estéticos pretendidos. Matriarca, deixa um legado e os genes criativos: Abreu Pessegueiro, filho, arquiteto e artista plástico, e o neto David, também artista plástico.

 

 


"Abraço de Anjo", Serigrafia, 200 exemplares. Prémio Papies 2007

 

 

 

"A sua obra está preenchida de afetos, emoções e beleza, pois não acreditava na negritude na arte", refere o filho, Abreu Pessegueiro.

 

 

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