Normas e Procedimentos

Gravura de Júlio Pomar

 

ASSINATURA E NUMERAÇÃO

A Obra Gráfica Original é numerada e assinada, normalmente a lápis, pelo artista. Convenciona-se a assinatura à direita e a numeração à esquerda.

Uma edição compreende todas as provas numeradas. A numeração é feita por uma fração, onde o denominador representa o total da edição e o numerador o número do exemplar dentro da edição. Exemplo para uma edição de 50 exemplares: 1/50 a 50/50.

Para além das Provas de Artista (P.A.), que correspondem geralmente a 10% da edição, existem também as provas H.C. designadas Hors Commerce, também 10% da edição, destinadas ao editor.

Em Portugal estabeleceu-se como tiragem máxima a constituída por 200 exemplares de tiragem normal, 25 PA e 25 HC. A prova considerada pelo artista pronta para se dar início à edição, é chamada Bon a Tirer (BAT).

 

RIGOR E AUTENTICIDADE

Todos os exemplares da edição devem ser rigorosamente iguais: o mesmo papel, a mesma medida de margem, a mesma qualidade de impressão.

A matriz, depois de finalizada a edição, é anulada. Este cuidado evita edições paralelas que fogem do controlo do artista.

Toda a variação na edição, como mudança de cor, por exemplo, deve também ser indicada, designadamente nos catálogos onde são apresentadas.

Além da assinatura e numeração pelo artista, a autenticidade de cada obra editada é ainda reforçada pelo selo branco do CPS, aposto sobre cada exemplar.


TER E PRESERVAR OBRAS DE ARTE EM PAPEL

As obras de arte em papel, dada a sua delicadeza e fragilidade, devem ser manuseadas com cuidado e, acima de tudo, devidamente armazenadas. O ideal será fazê-lo de forma a poderem ser apreciadas e transportadas sem manuseamento. Cartões, pastas e adesivos de montagem devem ser quimicamente estáveis e não deixar marcas.

 

Emolduramento

O emolduramento é a melhor forma de proteção das obras em papel. Poderá ser feito com vidro ou acrílico e sempre que possível, com a utilização de cartão anti humidade. Não sendo um fator crucial, deve-se evitar que a obra esteja em contacto com o vidro. Deve ser bem selado de forma a prevenir a entrada de ar e os materiais em contacto com a obra devem ser acid free.

Não cortar as margens brancas do papel e não aplicar colas irreversíveis durante o emolduramento.

 

Temperatura e Humidade

Deve-se evitar a exposição das obras a sol direto e grandes amplitudes térmicas ou de humidade. As flutuações climatéricas provocam contrações e distensões que podem causar danos no papel.