João Rosa Guerra Prates nasceu em 1961 em Vale de Açor, Ponte de Sor. Atualmente é diretor do CPS – Centro Português de Serigrafia, o que lhe permitiu desenvolver um caminho aberto à experimentação em torno da obra gráfica, em especial, no âmbito da serigrafia. Nesta perspetiva, denuncia uma linguagem contemporânea, evidente na importância que presta à imagem digital, habitualmente presente na reutilização de certas figuras. A simbiose entre a imagem e a poesia, que agregam a sua prática, permitem-lhe redimensionar novas visões de algumas personalidades de eleição – também elas ligadas à literatura e artes plásticas - como a de Fernando Pessoa, Camões ou Picasso, entre outras.
Tendo realizado diversas edições de serigrafia e gravura, e participado em exposições coletivas, destacam-se as exposições individuais que realizou, enquanto J. Rosa Guerra: na Biblioteca Nacional, “dos livros que não se lêem”, em 2004, Lisboa, uma seleção de livros de um trabalho construído ao longo de dez anos, reflexo das inúmeras possibilidades de transmissão da palavra e da imagem; no Museu da Água, “O Livro de Pan II e Outros Livros”, em 2007, Lisboa, investindo numa grande diversidade de técnicas e suportes, como o desenho, pintura, fotografia, colagem, gravura, serigrafia, poesia, citações, textos e música; na Capela do Fundador do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, “Milagre – Elogio aos Painéis de Nuno Gonçalves”, em 2013/15, Batalha, uma instalação vista por mais de 300.000 pessoas e no Museu Militar de Lisboa, “Alfarrobeira – Livro de Homenagem ao Infante D. Pedro (1392-1449)”, em 2019, Lisboa, uma exposição com curadoria de Luís Albuquerque e de Ilídio Salteiro, integrada no projeto Evocação Arte Contemporânea.