Charlotte Massip (n. 1971) formou-se na Ecole Supérieure Estienne des Arts et Industries Graphiques de Paris, Artes Decorativas de Estrasburgo. Expôs em diversas galerias (Michèle Broutta-Paris, Galeria Fürstenberg- Paris, Wégimont na Bélgica, Mosteiro de Santa Clara em Sévilha “hommage à Francisco de Zurbaran” em Espanha, l'Orangerie du Sénat verão 2014 e 2018, e Fondation Taylor em Paris, e em muitos centros culturais (Bordéus, Toulouse, Marselha…).
Realizou uma residência como gravadora na Casa de Velázquez, Academia Francesa de Madrid (2012-2013) com o apoio da Academie de France, onde criou a série de Saintes mártires (Santos Mártires) em grande formato. Em 2016 ganhou o prémio Jeune Graveur do Salon d'Automne de Paris.
A artista assume a influência no seu trabalho dos artistas Hans BELLMER, Rodolf SCHLICHTER, Fred DEUX, Jose HERNANDEZ, Richard LINDNER, Giorgio DE CHIRICO.
"Acho que o que me levou ao desenho e à gravura/impressão foi o meu fascínio pelo detalhe. Não qualquer detalhe, mas aquele que abre para uma verdade mais profunda. De modo que tudo o que estivesse ligado à textura, pele, veias e cabelos, era apenas uma barreira fina, a última antes de afundar nas profundezas. Pode-se comparar a arte da gravação/impressão com delicadas incisões de bisturi cujas consequências permanecem um tanto misteriosas. A minha relação com o cobre foi bastante reveladora. O corte do metal foi como uma cirurgia para mim, começando pela pele e continuando na escuridão da tinta e do sangue da matéria."