- Gravura
- Papel Fabriano Tiepolo 290gr
- Mancha: 43,5 x 32 cm
- Suporte: 70 x 50 cm
- Data: 2012
- 45 exemplares
- Ref.: G286
Nota Crítica
PEQUENO BESTIÁRIO
Nas célebres pinturas negras do pintor espanhol Francisco Goya (1746-1828), que fecharam o ciclo da sua magistral criação, o cão tornou-se o símbolo da inevitabilidade do drama que ameaça o destino humano. Desde as fábulas de Esopo e os bestiários medievais, a Bosch (1450-1516), às fábulas de la Fontaine (1621-1695), na literatura e nas artes plásticas, o animal, parte do ancestral e universal património dos símbolos, é uma figura do inconsciente, capaz de traduzir os seus profundos conteúdos. Nas gravuras de Sérgio Portugal, se este antigo património da imagem e do símbolo está subjacente, o que nos toca é o realismo das figuras, com uma expressão quase humanizada e aparentemente desprovida de significação.