- Esgotado
- Gravura
- Papel Fabriano 5 GF 300gr
- Mancha: 37,5x27 cm
- Suporte: 70x50 cm
- Data: 2006
- 70 exemplares
- Ref.: G160
Nota Crítica
A pintura de Manuel Cargaleiro cria um limiar de encantamento, horizonte de cores vivas e murmurantes que se perfila, sensualmente presente, à janela do maravilhoso. O pintor nega os obstáculos que o visível coloca à liberdade do espírito, à evasão da alma. Devolve ao visível as fontes de uma poesia original, a sua pureza primitiva, a cintilante beleza de um mundo recém-criado. As presentes gravuras, em duas variantes de cor, o azul e o vermelho, cores fundadoras do imaginário, evocando a água e o fogo devolvem-nos toda a poesia e o esplendor de um mundo real alimentado pelo símbolo e pela poesia. Os vermelhos erguem a paixão da vida, uma árvore inicial e florida, fogo destinado à oferta das substâncias primeiras. Nos azuis pousam os detalhes do real, há varandas e minúsculos jardins suspensos, rios atravessando os caminhos da aurora, serpenteando entre colinas e regressando à origem. E pequenos sinais, escritas que reflectem o êxtase, aprisionando todo o encanto, movimentos de uma luz íntima que a natureza ama e a reencanta.
