- Esgotado
- Fotografia
- Papel LS Fine Art White Velvet 270gr
- Mancha: 47x70,5 cm
- Suporte: 55x78 cm
- Data: 2024
- 20 exemplares
- Ref.: F36930
"A ilha de Porto Santo é conhecida, sobretudo, pelo extenso areal que ocupa quase toda a frente sul do seu território. No entanto há uma singular geografia composta por vários picos a partir dos quais se colhem perspetivas sobre o oceano. O horizonte observado, desses pontos elevados, é sempre diverso, mutável e irrepetível. Na simplicidade de uma linha horizontal, entre o mar e o céu, parece estar espelhada toda a diversa e labiríntica visualidade de um planeta inteiro." Duarte Belo
Nota Crítica
VARIAÇÕES SOBRE O INFINITO
A série que hoje apresentamos, de Duarte Belo que nasceu em Lisboa em 1968, dedicada à ilha de Porto Santo reflete a sua natural ligação à poesia, como filho do grande poeta Ruy Belo, desenvolvida no diálogo com outros grandes nomes da nossa cultura, como Mário Cesariny, Maria Gabriela Llansol, Miguel Torga ou o próprio Ruy Belo. Com uma formação em arquitetura, da sua obra publicada destacam-se: Portugal — O Sabor da Terra (1997-1998), Portugal Património (2007-2008), Portugal Luz e Sombra (2012) e a trilogia composta por Caminhar Oblíquo, Depois da Estrada e Viagem Maior (2020). Na verdade, estamos hoje perante a visão de uma singular poética do espaço, com os seus magistrais jogos de luz e sombra, que agradaria a Gaston Bachelard e também a Kandinsky que dissertou sobre as virtualidades da linha que neste caso, numa simples horizontal nos devolve todas as nuances de um horizonte sempre mutável, infinito nas suas variações, mas onde se espelham nas palavras do autor “toda a diversa e labiríntica visualidade de um planeta inteiro.”
Maria João Fernandes
AICA - Associação Internacional de Críticos de Arte