Nasceu em Chaves em 1920. Formou-se em arquitetura pela Escola de Belas Artes do Porto e frequentou em 1946 a Escola de Belas Artes de Paris, cidade onde viveu durante muitos anos e onde teve oportunidade de desenvolver os seus conhecimentos e contactos, tendo trabalhado no ateliê de Corbusier e convivido com Vasarely ao qual o ligava uma relação de amizade e uma afinidade no plano estético.
Optando em definitivo pela pintura, Nadir Afonso abandona a arquitetura em 1965, mantendo no entanto muitos laços com a sua formação de arquiteto, no modo como privilegia as arquiteturas urbanas, dentro da linguagem de um geometrismo que passa a definir o seu estilo, a partir dos anos cinquenta, integrando o movimento na série 'Espacillimité' em 1955, e posteriormente para a linguagem que melhor define o estilo do artista, um geometrismo com referências figurativas a paisagens urbanas reais ou inventadas.
Foi autor de importantes obras públicas como o projeto da Panificadora de Chaves (edifício de interesse municipal e uma das 100 obras mais significativas da arquitetura portuguesa do século 20), os painéis para a estação dos Restauradores do Metropolitano de Lisboa (1996), executou, em 2006, um painel de azulejos para a Estação Ferroviária de Coina, realizou um painel de azulejos para os Paços do Concelho de Boticas, em 2009 e executou painéis em azulejo para o túnel de acesso à Praia em Cascais, em 2011.
Foi condecorado, a 10 de Junho de 1984, pelo Presidente da República General Ramalho Eanes com a ordem Militar de Santiago de Espada.
A sua obra encontra-se em várias coleções públicas e privadas.
Faleceu aos 93 anos, a 11 de Dezembro de 2013, em Cascais.