Rumou em direção a Lisboa, aquando do término da II Guerra Mundial, onde viveu intensamente a vitória dos Aliados. Trabalhou no comércio, atividade que logo abandonou para se dedicar à poesia.
Nos anos cinquenta torna-se um dos diretores das revistas Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia, colaborado também com textos de crítica literária na Seara Nova e no Colóquio Letras, entre outras publicações periódicas. Como poeta, estreia-se em 1958 no jornal «A Voz de Loulé» com o poema "Os dias, sem matéria" e na coletânea “O Grito Claro”. Estava assim criado o movimento da moderna poesia portuguesa onde o autor se movimentava. Escreveu dezenas de volumes de poesia e vários ensaios.
Foi distinguido com numerosos prémios nacionais e estrangeiros, entre os quais o Prémio Pessoa, em 1988, o Prémio APE/CTT em 1989, pela recolha Acordes e, em 1990, o Grande Prémio Internacional de Poesia, no âmbito dos Encontros Internacionais de Poesia de Liège. É considerado um dos grandes poetas portugueses da atualidade. A sua atitude crítica perante a sua própria palavra, fez dele um dos mais esclarecidos críticos portugueses contemporâneos. Em 2001, o poeta lançou mais uma Antologia Poética.