Nascida em 1996, Rahma Lhoussig é uma artista visual de Taroudant, Marrocos, formada pelo Instituto Nacional de Belas Artes de Tetouan.
A artista participou em residências no Jardin Rouge (Fundação Montresso) em Marraquexe (2019-2020) Galeria CDA - Casablanca (2021). Expôs o seu trabalho em feiras de arte como : Feira AKAA- Paris 2023, ARCOLISBOA-Lisboa (Portugal 2023), 1-54 Marraquexe 2023, Investec Capetown 2022, Taiwan annual artfair 2021, 1-54 Insider (Marraquexe2019), Expôs também no Museu Nacional de Lisboa (Portugal,2023), Galeria Tafeta - (Londres, 2022), American arts center (Casablanca, 2022), galeria CDA (Casablanca, 2022), Mahal Artspace (Tânger, 2021), Museu de Arte Moderna e Contemporânea Mohammed 6, Rabat, Galeria Kent (Tânger, 2021), galeria e edição Kulte (Rabat, 2020), Galeria Venise cadre (Casablanca, 2018).
O trabalho artístico de Rahma é caracterizado por uma mistura cativante de animais, natureza e objetos do quotidiano. As suas composições emanam uma atmosfera familiar, onde elementos dissonantes coexistem harmoniosamente. Animais, flores, insetos e ferramentas entrelaçam-se, criando uma tapeçaria hipnotizante de imagens.
Meditando sobre a relação entre corpo, memória e significado, a artista utiliza tintas a óleo, acrílicos, pastéis e lápis de cor para criar cenas coloridas que traduzem a psique humana numa experiência sensorial. O trabalho de Rahma identifica as emoções como pontos de ancoragem e catalisadores da nossa vida quotidiana; o corpo, muitas vezes ligado a forças sob a forma de objetos do quotidiano, atua então para representar conflitos internos inconscientes.
As peças, intencionalmente inacabadas, refletem a natureza fragmentada da memória, onde as figuras são apresentadas em estados de repouso, imersão ou escondidas atrás de máscaras. Habitando um espaço diferente do mundo que as rodeia, mas que faz parte dele, as figuras vivem momentos de submissão, cansaço, fragilidade e confronto com os animais e objetos domésticos que as rodeiam. As pinturas e os desenhos da artista representam uma iconografia do inacabado - elementos ecléticos deslocam a obra para o reino místico dos sonhos.
Rahma Lhoussig afirma: “Os nossos sonhos permitem-nos descobrir partes ocultas e despercebidas de nós próprios. O meu trabalho olha para o inconsciente como uma alegoria, descobrindo pedaços de histórias formadas a partir da memória, do pensamento e da emoção. Fascina-me a relação entre os estados consciente e inconsciente, a forma como os nossos hábitos, rotinas e atitudes são todos influenciados pelas nossas emoções e a forma como atribuímos significado ao que nos rodeia através dos nossos sentidos. Este diálogo ajuda-me a descobrir mais da natureza interior enigmática de nós, enquanto seres humanos. Através deste trabalho, estou a construir uma dimensão paralela onde diferentes representações se entrelaçam, para inventar uma nova forma de apropriação deste universo misterioso e desconhecido”.