Paulo Ferreira
Portugal

Paulo Ferreira

Nasceu em Lisboa a 22 de Novembro de 1911. Foi pintor, decorador e ilustrador. Apresentou os seus primeiros desenhos e pinturas, no ano de 1921.

No ano de 1928 residiu em Madrid, onde frequentou frequentemente o Museu do Prado, iniciando-se como ilustrador após  regresso a Lisboa. Nos anos seguintes colaborou com importantes publicações nacionais como o Diário de Lisboa, o Diário de Notícias e em revistas em como a ABC, Civilização, Ilustração Portuguesa, O Sempre Fixe. Foi um dos fundadores e o mais importante cenógrafo e figurinista da Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio na década de 1940

Ao longo da sua carreir artística, participou em diversas Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I. (Prémio Sousa-Cardoso, 1939; Prémio Tagarro, 1945). Integrou as equipas de decoradores das pousadas nacionais e das representações portuguesas em Feiras e Exposições Internacionais (nomeadamente nas exposições de Paris, 1937, Nova Iorque e S. Francisco, 1939, cuja equipa incluía ainda Fred Kradolfer, Carlos Botelho, Bernardo Marques, José Rocha, Emmerico Nunes e Tom). Participou na Exposição do Mundo Português (1940). Foi autor de três pinturas murais alusivas à Estremadura no Museu de Arte Popular, Lisboa.

Ddedicou-se à organização de exposições entre muitas outras iniciativas pelas quais foi responsável e no ano de 1942 organizou a 1ª Exposição dos Artistas Ilustradores Modernos; comissariou a primeira retrospetiva moderna de Amadeo de Souza-Cardoso em 1958 (Casa de Portugal, Paris; sede do SNI, Lisboa); foi comissário de Portugal à Bienal de Paris, 1961; em 1972 coordenou, para a Fundação Gulbenkian, uma exposição sobre os contactos de Robert e Sonia Delaunay com Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, José Pacheko e Almada Negreiros.

De entre as destinções que lhe foram atribuidas destaca-se a condecoração com o oficialato da Ordem de Cristo em 1940.

Fixou-se em Paris no ano de 1949.

Entre os anos de 1954 e 1974., chefiou os serviços artísticos das Casas de Portugal em Paris, Londres e Nova Iorque.

Parte do seu trabalho encontra-se representado no Museu do Chiado, no Museu de Amarante, na Fundação Calouste Gulbenkian, entre várias outras importantes colecções públicas e privadas.

Faleceu aos 88 anos, em 1999.