Alice Jorge
Portugal

Alice Jorge

Nasceu em Lisboa em 1924. Após ter finalizado a Escola de Artes Aplicadas António Arroio, ingressou no Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1946 - 54). Cursou Pedagogia na Faculdade de Letras de Lisboa (1952/53). Frequentou os seminários da Cooperativa Gravura, orientados por W. Hayter (1964) e Rossini Perez (1965) e o curso de Serigrafia na Ar.Co (1974).

Além da Gravura, Pintura e Desenho, trabalha em Cerâmica, Azulejo, Vidros de Arte e Tapeçaria. Foi agraciada com a Ordem de Santiago de Espada por mérito cultural. Ilustrou, com gravuras originais, o livro “In Memoriam Memoriae”, de David Mourão–Ferreira, além de “Cinco Réis de Gente”, de Aquilino Ribeiro, e as edições especiais da “Divina Comédia”, “Mil e Uma Noites”, “Decameron”, “Novelas Exemplares”, e outras obras que também incluem arranjos gráficos de sua autoria. Participou na fundação da Cooperativa Gravura, sendo membro da Direcção de 1956 a 1968. Foi membro do Conselho Técnico da Sociedade Nacional de Belas Artes de 1980 a 1984.

Está representada em instituições e colecções particulares, nacionais e internacionais, nomeadamente Museu Nacional de Arte Contemporânea, Secretaria de Estado da Cultura, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural Gulbenkian em Paris, Biblioteca Nacional de Paris e Museu de Luanda. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1960 e de 1968 a 1970, em Paris, e de 1976 a 1978, em Portugal, para a execução de um álbum sobre técnicas de gravura. Em 1986, publica o livro “Técnicas da Gravura Artística”, co-autoria da artista Maria Gabriel, editado pela SEC e Livros Horizontes. Salientamos algumas das suas exposições individuais: Cooperativa Gravura, Lisboa (1960); Galeria Diário de Notícias, Lisboa (1963); Cooperativa Gravura, Lisboa (1968); Galeria S. Francisco, Lisboa (1971); Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1972); SNBA, Lisboa (1978); Galeria Diário de Notícias, Lisboa (1985); Galeria Bertrand, Lisboa e Porto (1986); Galeria Teatro Romano, Lisboa; Casa/Museu Romântico, Porto (1991).

Faleceu em Fevereiro de 2008.