Nasceu na Bretanha, França, em 1965. Estudou em Bruxelas na St. Lukas School of Fine Arts. Aí conheceu Eric Lambé, com quem criou a Mokka e a Pelure Amère, duas revistas de comics.
Entre 1996 e 1997 foi director artístico da secção infantil do jornal da Bretanha Nekepell.
Já em Portugal, trabalhou como artista BD, ilustrador e storywriter em várias revistas e jornais, tendo ainda publicado vários livros ilustrados, nomeadamente o Contos de Macau, de Alice Vieira, editado pela Editorial Caminho e que lhe valeu o prémio de Melhor Ilustrador Português.
Organiza workshops de escrita e ilustração, desde o ano 2000, na Guiné Bissau e São Tomé. Entre 2001 e 2004 participou num projecto promovido pela NGO que versou sobre a realidade social de vários países africanos – Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique – de onde resultou um livro intitulado Ilhas de Fogo. Alain Corbel visita diversos países e faz inúmeras viagens que o auxiliam como ilustrador. Considera inclusive que o seu trabalho profissional é uma espécie de viagem interior. Por isso afirma que a liberdade e flexibilidade no estilo e técnicas de ilustração são fundamentais.
As suas ilustrações reflectem exactamente essa perspectiva: o de um viajante do mundo que vai recolhendo as vivências através de imagens. Do ponto de vista imagético, é possível encontrar nos seus trabalhos influências do oriente e do ocidente, captadas por uma técnica de desenho resumido aos seus traços essenciais, onde a cor é elemento fundamental.
O seu trabalho tem sido reconhecido e premiado, nomeadamente em 2000 o 3º Prémio da Categoria 1, Luzerner Comix Festival; em 2001 Award of Excellence, Society for News Design, EUA; 2002 o Prémio Nacional de Ilustração, por “Contos e Lendas de Macau”; 2004 Award of Excellence, Society for News Design, EUA; e em 2005 a Menção Honrosa pelo Prémio Nacional de Ilustração, por “A Máquina Infernal”.