Manuel Graça Dias
Manuel Graça Dias nasceu em Lisboa, em 1953.
Arquiteto (ESBAL, 1977) , iniciou a sua profissão em Macau, como colaborador do Arqtº Manuel Vicente (1978-1981). Ao longo da sua carreira foi assistente da Fac. de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (1985-1996), Professor Auxiliar da Fac. de Arquitectura da Universidade do Porto ( desde 1997) e Professor Catedrático Convidado do Dep. de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa (desde 1998), que também dirigiu (entre 2000 e 2004).
Em Lisboa, cidade onde viveu e trabalhou, criou, em 1990, o atelier CONTEMPORÂNEA, com Egas José Vieira. A casa que recuperou em 1979, na Graça, em Lisboa, em associação com António Marques Miguel, recebeu a Menção Honrosa Valmôr (1983); obteve, ainda, o 1º lugar no concurso para a construção da nova sede da A.A.P./Banhos de S. Paulo (atualmente, Ordem dos Arquitectos), em Lisboa (1991), em associação com Egas José Vieira.
Foi autor de variadíssimos artigos de crítica e divulgação de arquitetura em jornais e revistas da especialidade (desde 1978), e foi presença solicitada para um vasto número de conferências, quer em Portugal quer no estrangeiro.
É atribuida a Graça Dias a autoria de vários livros de crítica ou divulgação de temas de arquitetura, destacando-se : 30 exemplos/arquitectura portuguesa no virar do século XX (2004); Arte, arquitectura e Cidade: A propósito de “Lisboa Monumental” de Fialho de Almeida (2011); 10x10 Pizza a pezzi/15x15 Incubadora de empresas (com Egas José Vieira, 2011).
Manuel Graça Dias tem trabalhos construídos em Almada, Braga, Chaves, Guimarães, Lisboa, Porto, Vila Real, Macau, Madrid, Sevilha e Frankfurt que têm sido objeto de publicação na imprensa especializada e têm vindo a ser mostrados em exposições coletivas ou individuais.
Co-autor do polémico Estudo de Reconversão Urbana do Estaleiro da Lisnave, em Almada, ocupou-se, nos últimos anos de carreira com Egas José Vieira, dos projetos : Museu do Aljube, Resistência e Liberdade, (Lisboa); Complexo Cultural, Social e Desportivo na Lapa, ( Lisboa); recuperação do Teatro Luis de Camões, (Lisboa); Exposição permanente do Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela (2004-2014), edifício de que também foram autores.
O Teatro Municipal de Almada (Teatro Azul, 1998-2005) que projetou com Egas José Vieira e Gonçalo Afonso Dias foi nomeado para o Prémio Secil, 2007, para o Prémio Mies van der Rohe, 2007 e para o Prémio Aga Khan, 2008/2010.
Manuel Graça Dias e Egas José Vieira ganharam o Prémio AICA/Ministério da Cultura (Arquitetura), relativo a 1999, pelo conjunto da sua obra construída.
Em 2006, Manuel Graça Dias foi agraciado, por S. Exª o Presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Faleceu em 2019, no dia 24 de Março.