Nas litografias intervencionadas de Dominique Coffignier (n. 1956), os seus irruptivos traços, as tremuras e os movimentos das caligrafias sobre o branco do suporte evocam as escritas orientais, espécie de iluminada síntese dos elementos do Cosmos e do humano em simbiose. Mas ao mesmo tempo, como no conjunto da sua obra gráfica, instauram uma contemporânea relação com a geometria sugerida e com a cor, elementos de uma linguagem plástica que parece bastar-se a si própria, mas que é ela mesma, o limiar de uma nova experiência do conhecimento, um modo outro de entender o visível.
Maria João Fernandes
AICA – Associação Internacional Críticos de Arte