“(…) a palavra (…) nada mais tem a dizer, nada mais a fazer

do que cintilar no fulgor do seu próprio ser.”

Michel Foucault, “A linguagem convertida em objeto”, As Palavras e as Coisas

A Galeria do CPS no CCB recebe de 6 a 21 de novembro, a exposição “A Melancolia das Imagens” do artista João Francisco Vilhena.

Com inauguração dia 6 de novembro, às 16h30, a exposição apresenta as novas edições que completam a trilogia d’ A Melancolia, projeto que o autor iniciou no CPS em 2016. “A Melancolia das Sombras” foi o primeiro conjunto de obras e “A Melancolia das Palavras” em tributo a José Saramago, em 2018, o segundo conjunto.

A trilogia é agora finalizada com cinco fotografias que compõem “A Melancolia das Imagens”. As fotografias convivem com versos, poemas e passagens de livros escolhidos por cinco personalidades a convite de João Vilhena: António Mega Ferreira, Clara Ferreira Alves, Mário Caeiro, Pedro Oliveira e Richard Zenith.

Segundo o autor, “a seleção reflete a singularidade de cada um: Fernando Pessoa e Jorge Luis Borges, entre outras surpresas. A escolha das fotografias para o meu diário melancólico foi feita antes de saber a opção dos meus amigos e formam um retrato afetivo de cada um.”

 A Melancolia das Imagens é para o artista, “um conjunto de cinco representações efémeras, (…), polaroides poéticos onde se cruzam diferentes sensibilidades originando um novo diário melancólico.”

Citando a crítica de arte Maria João Fernandes, “a arte de João Vilhena caracteriza-se pelo vínculo a um real que tem nas suas veias o sangue da poesia.”

O Centro Português de Serigrafia, tem vindo a ampliar o conceito de arte contemporânea e integrado nas suas edições artistas com notoriedade afirmada nas áreas da pintura, ilustração, do design, da arquitectura e também da fotografia.

A exposição estará patente até dia 21 de novembro, com entrada livre.

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