Especializada em gravura, Saskia que nasceu em 1967, formou-se na Universidade Complutense de Madrid, tendo criado em 1989 um atelier em colaboração com a artista Elena Jiménez. Bolseira da Fundação Pilar e Joan Miró, expõe individualmente desde 1995, mostras de pintura, de gravura e de objectos, sob o signo do tempo e suas metáforas, a água e o silêncio. A sua obra está representada em diversos museus e instituições em Espanha, Holanda e Portugal, nomeadamente na Calcografia Nacional de Madrid, na Fundação Pilar e Joan Miró de Maiorca, na Fundação La Caja de Madrid e no Instituto Cervantes de Lisboa. O tempo e o silêncio que pauta os seus ritmos têm inspirado a artista que na actual exposição de gravuras em papel entelado e que preservam a frescura de um original, desenvolve de um modo informal e explorando as transparências, num paisagismo anímico, onírico e cósmico que plenamente revela a sua paixão pela cor e mestria no seu domínio. Domínio verdadeiramente da cor, da sua luz, dos seus fluidos em palpitantes jorros de ouro emaranhados no subtil novelo da Vida em vermelhos rubi, em azuis e verdes submarinos, em ocres, cinzas e lilases que parecem brotar directamente de uma terra encantada. Saskia Moro brinda-nos neste seu recente e magnífico conjunto de gravuras com expressões de uma virginal pureza cósmica, imagens da terra, da água e da luz, com a rudeza de escritas sobre o muro que evocam Tàpies, mas imbuídas de uma doçura e suavidade, de uma poesia bem femininas. --- Com esta exposição, o Centro Português de Serigrafia dá a conhecer em Portugal a Obra Gráfica de mais um artista no seu espaço de exposições onde já apresentou individuais de Tàpies, Joseph Beuys, Manolo Valdés, Canogar, Xavier, Esther Villalobos, Júlio Resende, David de Almeida, João Hogan ou Marçal.