Antoni Tàpies i Puig, primeiro marquês de Tàpies, nasceu a 13 de Dezembro de 1923, em Barcelona. Inicia as suas experiências artísticas durante a longa convalescença de uma grave doença. A crescente dedicação ao desenho e à pintura, levam-no a abandonar os estudos universitários. Na década de 1940 expõe as suas obras, de forte personalidade, que o destacam no panorama artístico da altura. É co-fundador da revista Dau al Set (1948). Influenciado por Miró e Klee desenvolve então o factor iconográfico e a temática mágica. Pouco a pouco incorpora elementos geométricos e estudos de cor que desembocam num interesse pela matéria, que se traduz em telas de textura intensa e de grande capacidade expressiva e comunicativa. Com estas obras, Tàpies recebe, em meados dos anos cinquenta, o reconhecimento internacional. A partir da década de sessenta incorpora novos elementos iconográficos (signos de escrita, elementos antropomórficos, pegadas e símbolos que aludem à realidade da Catalunha) e procedimentos técnicos (novas superfícies, uso de objectos quotidianos e de verniz). A linguagem pictórica de Tàpies evoluiu desde então e teve como resultado uma criação plástica diversificada e produtiva admirada por todo o mundo.
Expôs no Museum of Modern Art e no Solomon R. Guggenheim Museum em Nova Iorque, no Museum of Contemporary Art de Los Angeles, no Institute of Contemporary Arts e na Serpentine Gallery de Londres, na Neue Nationalgalerie de Berlin e na Kunsthaus de Zurich, no Musée d’Art moderne de la Ville de Paris, no Jeu de Paume e no Centre Pompidou de Paris, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía de Madrid, no Institut Valencià d’Art Modern de Valencia e no Museu d’Art Contemporani de Barcelona, entre muitos outros.
Paralelamente à sua actividade artística, Antoni Tàpies desenvolveu uma actividade enquanto escritor que deu lugar a diversas publicações: La pràctica de l’art (A prática da arte, 1970), L’art contra l’estètica (A arte contra a estética, 1974), Memòria personal (Memória pessoal, 1977), La realitat com a art (A realiadade enquanto arte, 1982), Per un art modern i progressista (Por uma arte moderna e progressista, 1985), Valor de l’art (Valor da arte, 1993) e L’art i els seus llocs (A arte e seus lugares, 1999).
Antoni Tàpies criou a Fundação Antoni Tàpies em 1984 com o objectivo de promover o estudo e o conhecimento da arte contemporânea, colocando especial atenção na análise do seu papel na formação da consciência do homem moderno.
Faleceu aos 88 anos, a 6 de Fevereiro de 2012, em Barcelona.