Miguelanxo Prado
España

Miguelanxo Prado

Nascido em 1958, na Corunha, é o mais conhecido e premiado criador galego de banda desenhada. Além de escritor e ilustrador, é também produtor e realizador de cinema de animação.

 

Enquanto estudante de arquitetura, publicou o seu primeiro trabalho de banda desenhada no fanzine ‘Xofre’. Na década de 80 colaborou com diversas revistas e publicações espanholas como Creepy ou Comix Internacional.

Recebeu o primeiro 'Alph’Art para Melhor Álbum Estrangeiro’, no Festival Internacional de Angoulême (1991) com a comédia policial O Manancial da Noite, mas o maior reconhecimento viria com Traço de Giz (1992), uma experiência de uma realidade impossível, obtendo um segundo 'Alph’Art' (1994) e inúmeros prémios a nível internacional.

 

Curioso e talentoso, acabou por ingressar noutros meios, a mais conhecida das incursões foi o desenho de Homens de Preto, no qual fez toda a conceção visual da série e dos personagens.

 

No seu filme de animação De Profundis, no qual trabalhou durante quatro anos, fez todas as pinturas individualmente. Teve a colaboração de Nani Garcia, compositor e músico de jazz, que criou uma composição com a mesma duração da película – 80 minutos –, uma partitura sinfónica para uma orquestra de 80 músicos com um coro de 45 vozes e uma secção de percussão étnica. A longa-metragem estreou em 2007 e foi selecionado para os prémios Goya.

 

Entre 1998 a 2023, foi diretor do Salão de BD Viñetas desde el Atlântico (A Coruña). Em 2009, ingressou na Real Academia Galega de Belas Artes.

 

 

Sobre o filme De Profundis, refere:

“Acabei por fazer uma longa-metragem sem diálogos, que narra uma história em que há unicamente imagens e música. É um filme de autor (…). É uma animação que poderíamos caracterizar como sendo pintura animada.”

“A minha intenção era manter no filme uma série de coisas que desaparecem na animação tradicional, como é o caso da textura, da matéria, o traço pessoal do autor, o trabalho com a cor completa e não cores planas, etc.”